Perguntei há uns dias se esta omissão, recorrente na minha escrita, dificultava a leitura ou irritava o leitor. Na impossibilidade de o fazer individualmente, que as respostas no zfacebook foram numerosas e unânimes -- não dificulta nem irrita, ao contrário do que comentou leitor do meu blogue -- aqui vai o meu agradecimento a todos os que me quiseram ajudar.
Entretanto, consegui encontrar a Estilista da Língua Portuguesa, de Rodrigues Lapa, obra que muito prezo e recomendo vivamente a todos os oficiais do ofício da escrita.
A omissão do artigo definido é fenómeno muito mais antigo e generalizado do que a crítica do leitor do meu blogue me fez crer.
Afinal, não sou original, antes continuador de longa tradição e de prestigiados mestres...
Atenção que eu não disse que era errada, nem que não era usada tradicionalmente usada por outros. Já o topei em muitos outros. Por exemplo, recentemente em leitura de O Ano da Morte de Ricardo Reis, de Saramago. O que disse é que se torna ruidosa por surgir em todos os excertos de textos.
ResponderEliminarRepito, no meu entender, e de leitor profissional, as marcas de estilo, que contrariam os modos mais correntes devem ser usadas com cautela e a espaços. É como a lagosta, nem sempre, nem nunca.
Reparo meu, "os livros que gosto" versus "os livros de que gosto", referidos em postado seu anterior, não colhem enquanto comparação de marca de estilo. Comparam um erro de sintaxe cada vez mais frequente com a sintaxe correcta.
A sua chamada de atenção obrigou-me a reflectir, o que é sempre produtivo, e, na dúvida, pedi outras opiniões. Como tinha escrito na resposta que faria.
ResponderEliminarAdmito que a omissão do determinante seja recorrente em todos os excertos que aqui publiquei; mas eles representam uma ínfima parte dos originais de onde os retirei, pelo que é provável que a "lagosta" passe mais despercebida no fundo do mar...
Agradeço os seus reparos. Sinceramente. E não os confundo com os do outro comentário, a que reagi com irritação que entendo justificada. Daí que a referência às orações relativas não seja tão descabida como aparenta. Digamos que não ofereci a outra face, antes ripostei com canelada por baixo da mesa.