Conta-se que um servo, aflito, procurou o senhor: Empresta-me o teu cavalo mais rápido para fugir para Samarcanda!
Porquê?, perguntou o senhor, atónito.
É que me cruzei com a Morte no mercado, e ela deitou-me um olhar esquisito que me apavorou.
O senhor emprestou o cavalo; mas ficou a remoer: não está certo a Morte levar-me tão bom servo. E foi procurá-la ao mercado.
Diz lá, ó Morte, porque é que há pouco olhaste para o meu servo de forma estranha?
Ah, fiquei surpreendida por o ver aqui, que tenho um encontro com ele, hoje, em Samarcanda!
Ficar-lhe-ia muito grato se fizesse o favor de me dizer quem é o autor deste pequeno conto - do mais bonito que li. Obrigado.
ResponderEliminarAntónio Ferreira
as1549930@sapo.pt
Desculpe o atraso na resposta. Trata-se de uma história oriental, de autor anónimo, como acontece na literatura tradicional. E foi recontada por mim, à minha maneira, com uma intenção: bem nos podemos esconder da Covid, que ela acabará por nos encontrar.
ResponderEliminarMuito obrigado pela sua resposta. Tem toda a razão: não vale a pena cavalgarmos para Samarcanda porque ela estará lá.
ResponderEliminarMuita saúde para si e para os seus.
Muito obrigado mais uma vez.
António Ferreira