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sexta-feira, 19 de agosto de 2016

A Caixa Geral de Depósitos e eu

A minha relação com a Caixa Geral de Depósitos remonta, pelo menos, às minhas primeiras colocações como professor. Era, então, obrigado a receber o vencimento pela Caixa. Depois, surgiu a possibilidade de receber o ordenado noutro banco, mas não vi razões para mudar. Nesses bancos  clientes pouco abonados, como eu, eram tratados com sobranceria, mesmo quando queriam abrir depósito; se precisavam de empréstimo, sofriam vexames hoje inacreditáveis. Passei por isso.
E fui ficando cliente da Caixa. Nada percebo de finanças, mas ultimamente preocupam-me as notícias. Antes de mais, por a Caixa ser notícia. Depois, por ser invariavelmente má notícia. Buraco astronómico -- como é possível, ó Vara, ó génios colocados na administração pelos aparelhos partidários? -- e agora a proposta de uma equipa de gestão  numerosa, que não faltam boys a precisar de jobs, e, pior, declaradamente, atestadamente, incompetente:
"O BCE impõe que três futuros gestores executivos da CGD que não tinham ainda experiência em gestão bancária de topo - João Tudela Martins, Paulo Rodrigues da Silva e Pedro Leitão - frequentem o curso de Gestão Bancária Estratégica do Insead. Segundo a brochura desta escola de gestão, a propina deste curso é de 12 600 euros por aluno, o que significa que a CGD vai pagar à cabeça perto de 38 mil euros para inscrever estes três gestores no Insead.

Mas a despesa deverá ser superior Como explica a escola sediada em Fontainebleau, a “propina não inclui viagens, acomodação e outras eventualidades”.Tendo em conta os atuais preços de quartos em hotéis de cinco estrelas em Fontainebleau e as viagens da TAP para Paris em classe executiva, os gastos com viagens e acomodações poderão ascender a cerca de 10 mil euros. E há ainda outros custos, como a alimentação. Além disso, um dos gestores, João Tudela Martins, terá de frequentar outro curso específico de Gestão de Risco na Banca, que custa 8,6 mil euros - mais viagens, alojamento e alimentação. Contas feitas, a CGD terá de gastar perto de 60 mil euros para o “regresso à escola” de três gestores." (Da notícia do Sapo/Sol)

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