Naquele final de tarde, espreitei vários restaurantes de praia. Um, com um grupo na esplanada, deu-me mais confiança.
-- Jantar?, pergunta o empregado. E eu, ainda duvidoso: -- Para já, queremos apenas petiscar. E pedimos amêijoas, -- Não há, pode ser berbigão?, uns camarões, cervejas.
Provei um. Outro. A mesma coisa. Estragado. Chamei o empregado, pedi a conta. E ele, ao fazê-la: -- Então não comem o camarão?
Descaí-me: -- Está podre...
O que fui dizer! Foi à cozinha, veio de lá mulher brava,
-- Olhe, se o levasse para aqueles -- e apontava para o grupo da esplanada -- aqueles comiam tudo! Você, e vincava assanhada a forma de tratamento, é que não o sabe partir!
E eu, com a calma possível, a querer fugir do escândalo: -- Minha senhora, só quero pagar e ir embora...
Qual quê! Primeiro tive de suportar lição e enxovalho da fera, que despedaçava camarão após camarão, a ensinar o você a parti-lo para não saber a podre...
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