Cansado de tanta patranha pseudo-científica, deixei a televisão que, no Canal História, palrava sobre ETs, deuses gregos e quejandos. Não que me repugne a investigação de assuntos como este, que, a serem verdadeiros, seriam da máxima importância para a humanidade: sabermos que não estamos sós faria certamente com que olhássemos para os nossos problemas, para o Mundo, para o Universo, com outros olhos. Não, o que me aborrece é a substituição do método científico, nomeadamente da refutação de dados e "provas", por fé: "eu acredito que..." Ora aquilo em que cada um acredita não é da minha conta; o que me interessa é aquilo que pode submeter e resistir a análise imparcial ou mesmo hostil, como sucede em ciência, em que há geralmente mais investigadores a tentar destruir hipóteses, teorias e evidências do que a sustentá-las.
Por coincidência, pouco depois leio no Público Online a resposta oficial da Casa Branca às questões sobre extraterrestres:
“O Governo não tem provas da existência de qualquer forma de vida fora do planeta, ou de uma presença extraterrestre ter contactado ou se ter relacionado com a raça humana”, diz o texto, que continua explicando que quer o célebre E.T. seja “um homenzinho verde ou uma bactéria, não há informação credível que sugira que qualquer tipo de prova está a ser escondida da opinião pública”.Este comunicado não fará desistir, nem sequer abrandar, os maníacos dos ETs -- até porque muitos vivem dessa mistificação e jamais quererão abandonar a galinha dos ovos de ouro. A mim, tranquiliza-me: não sou o único a recusar tomar a nuvem por Juno.
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