Como é que se dizia? "Roma não paga aos assassinos dos seus generais"? (Confesso que nunca percebi de quem eram os "seus generais", se dos assassinos, se dos romanos.) Bom, o que importa é que os governantes um dia deixarão de o ser e alguns, que não precisaram da política para fazer carreira, vão ter de viver com aquilo que entretanto fizeram e de conviver com aqueles que, justificada ou injustificadamente, tramaram.
Raio, pareço o presidente da República com estas confusões sibilinas. Vamos lá, portanto, a ser mais claro.
Nada percebo de teatro, nem de gestão, nunca entrei no D. Maria e não faço a mínima ideia da qualidade do trabalho do Diogo Infante. Mas Francisco José Viegas, escritor que admiro, está a meter-se numa camisa de onze varas. Quase como Saramago, com os seus saneamentos -- mas Saramago, então, não era escritor, nem ninguém pensava que o viesse a ser.
Compreendo que Francisco José Viegas não tenha dinheiro na sua secretaria de estado. Não compreendo é o que lá está a fazer. Qualquer contabilista, qualquer merceeiro, pode, nas actuais condições, ser secretário de estado da Cultura. Ou ministro da Educação. E pessoas decentes não precisam de se ver metidas nestas alhadas.
2 comentários:
Não percebe de teatro, nem de gestão, mas comenta. Se fosse cavar batatas.
Pois. Mas no meu post não comento teatro, nem gestão. Comento atitudes, e disso percebo tanto ou mais do que de batatas: o suficiente para saber que não se cavam. E não é altura para as plantar. Não suportam as geadas.
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