Sempre que aqui escrevo sobre economia e finanças começo por deixar bem claro que nada percebo do assunto, salientando, no entanto, que foram os entendidos que nos conduziram à presente situação de pré-falência e à perda de independência nacional, talvez mais acentuada do que durante o domínio filipino. E dana-me ver que não apenas a situação actual é insustentável, como nada se faz para romper com ela: a Grécia paga (pagará?) juros de 46% em empréstimos a dois anos. Isto é agiotagem no pior sentido da palavra, e a Grécia devia simplesmente declarar insolvência, tramando os banqueiros que a chulam. Porque quem rouba a ladrão...
Dir-me-ão: nós não somos a Grécia. Pois não. Ainda há pouco Obama também dizia que os EUA não eram a Grécia, não eram Portugal. E viu-se no que deu, com a descida quase imediata do rating dos EUA.
Estamos todos no mesmo barco, à mercê dos mesmos piratas, caminharemos na prancha uns após outros, isto se não os enfrentarmos com as armas da sacanagem, essas com que nos querem esfolar vivos.
Que armas temos ao nosso dispor? O medo. Devemos substituir o medo de que não nos continuem a emprestar pelo receio dos credores de não receberem os juros a que se julgam com direito e, eventualmente, o capital já investido. Que não haja pruridos de consciência: trata-se de dinheiro roubado, que agiotagem é crime. E os agiotas têm os sentimentos na carteira.
Que armas temos ao nosso dispor? O medo. Devemos substituir o medo de que não nos continuem a emprestar pelo receio dos credores de não receberem os juros a que se julgam com direito e, eventualmente, o capital já investido. Que não haja pruridos de consciência: trata-se de dinheiro roubado, que agiotagem é crime. E os agiotas têm os sentimentos na carteira.
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