Eduardo Pitta continua a sua cruzada em prol da avaliação de professores. E eu tinha resolvido não voltar a falar da dita cuja, mas os seus posts tiram-me da preguiça. Meu caro Eduardo (posso?), o problema para mim não é, e nunca foi, a avaliação. Desde miúdo que adoro exames e avaliações. Quando era mais ingénuo, também eu defendi uma avaliação que, se não excluísse do ensino doidos varridos, baldas, ignorantes e convencidos, pelo menos não lhes permitisse progredir por igual na carreira. O problema é que, com as avaliações que foram sendo implementadas, me convenci de que estes seriam os excelentes e os muito bons, mestres nas evidências e na arte de encontrar buraco onde progridem, sem alunos e não raro sem trabalho. Ou seja, a desenvolverem as tarefas que o actual sistema de ensino sobrevaloriza, em vez do trabalho reles de dar a cara perante turmas de 28 alunos, uns 56 pais e uns tantos avós, frequentemente descontentes com as notas do professor, que não dá vinte a cada um dos pupilos.
É só isto. Proponha o Eduardo um avaliação decente, com assistência às aulas, análise de currículos, provas públicas, assiduidade, cumprimento do dever, etc., e cá estarei a apoiá-lo. Avaliações à la Maria de Lurdes, não, muito obrigado.
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