Sempre me fez espécie ver tantos a viverem à grande e à francesa, apesar de, em muitos casos, terem salários bem inferiores ao meu. Como é possível, interrogava-me sem os invejar, férias no estrangeiro volta-não-volta, jipes, carros e carrões, vivendas luxuosas, roupa da moda e de marca para os filhos, a que não faltam também os telemóveis topo de gama... E eu a vê-los prosperar, culpando o meu estômago por não passar da cepa torta, já que as estroinices são pagas com extras que, em anos bons, vou ganhando, tudo declarado às finanças.
Bem me telefonavam dos bancos, bem me enviavam SMS a oferecer milhares de euros postos na conta sem precisar de fazer nada. Em vão. Agora bancos e devedores queixam-se. O pior é que, tal como com o BPN, sobrará para mim.
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