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sábado, 26 de agosto de 2017
É deixar arder
domingo, 20 de agosto de 2017
AMI ou fraude?
Ontem, sábado, por volta do meio-dia, junto da estação do Oriente, do lado do Vasco da Gama, fui interpelado por jovem casal com coletes da AMI. O rapaz, a falar pelos cotovelos, perguntava-me quanto era necessário para dar uma refeição a uma criança necessitada no nosso país.
Não sabia.
__ Quarenta cêntimos!, dizia triunfal. E eu, que habitualmente não sou dado a contribuições nem a solidariedades, puxo da carteira: — Está bem vou contribuir por ser para a AMI, mas não com 40 cêntimos, que é ridículo. E prontificava-me a dar cinco euros.
O moço não aceitou. E falava, falava apressadamente, numa ânsia de despejar a cartilha aprendida: — Se arranjar uma caixa em sua casa, puser diariamente 40 cêntimos, o dinheiro de um café…
— Não há café a 40 cêntimos! E a querer sair dali, incomodado pelo calor, prossigo: — Já disse que contribuo, vamos lá a isso, que estou com pressa!
… Com os quarenta cêntimos guardados todos os dias para alimentar uma criança, ao fim de três meses tem sabe quanto?
Ia responder. Ele não deixou e arredondou: — 40 euros! E com esses 40 euros de 3 em 3 meses pode ajudar a AMI a alimentar as crianças necessitadas, recebendo em contrapartida um seguro de saúde! Tem algum?
— Não.
— E quanto é que paga quando vai ao dentista ou ao Hospital da CUF?
— Muito dinheiro., abreviei. Não conto a minha vida a estranhos.
— Ora veja…
Mas eu não queria ver. Uma coisa é dar um donativo para a AMI; outra subscrever um seguro de saúde por 120 euros anuais. Ele não desistia. Queria saber onde tratava dos meus dentes. Disse-lhe. E ele telefona a saber se essa clínica tem acordo com o seguro deles. Entretanto, diz à colega para me fazer o inquérito.
Olho-a com mais atenção. O colete branco da AMI tem nódoas. Puxa de uma ficha cheia de quadradinhos — amarrotada, também pouco asseada.
— Qual o seu clube?
De futebol, presumi. —Não tenho.
Queria que cantasse o hino de um clube. Que coisa mais parva! Nem sei nem sou artista de rua.
O moço interrompe-nos: não havia acordo com a minha clínica. Mas pode ir a qualquer outra…
— Não o faço, por razões que não estou para explicar. E não subscrevo seguros de saúde na rua. Se me der os papéis para estudar em casa…
Não podia.E já desinteressado de mim, despedia-se para prosseguir na caça aos otários. Um pouco mais afastados, outros jovens, com idênticos coletes da AMI, abordavam transeuntes.
A AMI anda nisto?
sexta-feira, 18 de agosto de 2017
Anjinhos ou anjolas?
No Delito de Opinião
quinta-feira, 17 de agosto de 2017
Alegretes
domingo, 6 de agosto de 2017
Milagre ou sugestão?
Entrei na piscina termal de São Pedro do Sul sem fé alguma nos poderes curativos daquelas águas quentes vindas das profundezas, que carregam consigo os odores sulfúreos do Inferno.
E as dores nos joelhos desapareceram! Diluíram-se, evaporaram, não sei. Mas deixaram-me logo ao primeiro tratamento, contrariando a opinião do médico das termas, que me tinha prevenido de que só a partir de onze sessões se começa a notar os benefícios.
Fui como turista, desafiado por amigos para umas mini-férias na região, que incluíam, para preencher os dias, tratamento termal. Voltei sem dores, não digo que convencido, mas muito satisfeito: os joelhos permitiram-me dar por lá umas boas voltas a pé, de tal forma que abusei, mesmo sabendo que não devia; apreciei muito a ginástica na piscina — exercícios igualzinhos ao Chi Kung (Qi Qong) que pratico regularmente há muitos anos —, as massagens e o vapor na coluna; a região, que já tinha visitado no passado, é linda, com muito para descobrir, como os moinhos das fotos abaixo, a gastronomia excelente, pelo que trouxe peso extra a sobrecarregar os joelhos…
Milagre ou sugestão? Tanto se me dá.