Perante o facto, inegável, de que há demasiadas relações de parentesco no actual governo, a sua central de contra-informação riposta, recordando relações análogas nos governos de Cavaco Silva.
Nem sequer argumento com a oposição passado / presente, nem com a expectativa de ver os governantes actuais a procederem de forma diferente, de acordo com a tão propalada “ética republicana”.
Não. Prefiro recordar a velha história da velha que ensinava a filha:
— Chama-lhes putas, filha, chama-lhes putas, antes que te chamem a ti!
Porque não se nega o facto. Apenas se diz dele ser prática comum. E depois queixam-se do crescimento dos populismos, das extremas-direitas. O que esperam, se estão sempre a lembrar que, discursos à parte, a prática dos políticos se revela, afinal, igual quando está em causa a defesa dos seus privilégios e interesses mesquinhos?
É para isso que pedem o nosso voto? Para fazer igual àqueles que criticam?