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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Hodie uinum bibo

Contava eu um jantar na tasca da Tia Maria*: queijo curado, sopa de feijão, pão muito bom, alheira e morcela grelhadas, tinto a cair na necessidade, umas costeletas de borrego também elas grelhadas a compor... Logo um conhecido, desses que se privam de viver em nome de (um certo conceito de) vida saudável)  se chega irónico, a tentar fazer-me azia: -- Só colesterol!
Não fumo porque não gosto, faço exercício porque gosto, como bem e bebo sem me embebedar, não estou nesta vida para me mortificar mais do que o necessário, pelo que essas conversas de colesterol, índice de massa corporal, adoçante em vez de açúcar, nada de álcool, alimentação hipo-calórica, etc., nunca me convenceram. E estudos como este, se não me tranquilizam, que a Velha da foice não se esquecerá de mim, permitem-me continuar a saborear a comida sem remorsos nem má consciência. Porque, como alguém gravou numa taça há milhares de anos em língua pré-latina, hodie uinum bibo, cras minime.

*A tasca fica no Livramento, Porto de Mós, do lado direito quando se sobe. Vale a pena.

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