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sábado, 21 de dezembro de 2019

No jornal Tornado

Tão massacrado tenho sido com as longas prelecções televisivas sobre o Orçamento de Estado — e o pior ainda está para vir! — que fui adaptar este meu texto, escrito quando Sócrates e Passos Coelho dançavam juntos o tango do Orçamento.
https://www.jornaltornado.pt/portugal-profundo/

2 comentários:

João Andrade disse...

Boa tarde,

Kenji Tokitsu é, salvo erro, o criador de uma arte marcial moderna japonesa designada Jisei Budo, que, em Portugal, conhece pelo menos um pupilo.
Desconhecia esse feitio irascível, por certo intragável, mas não é caso, julgo, para ficar surpeendido. Sabe melhor que eu, com certeza, que os japonseses são conhecidos pela arrogância, misturado com laivos de pura maldade, em especial o que toca à aprendizagem de artes marciais.
Nunca fiz tai chi, mas pratico aikido e karaté shotokai. O shotokai, apesar de não poder ser considerado um verdadeiro estilo, caracteriza-se pela suavidade e flexibilidade dos membros, pelas posições baixas de pernas e pela fluidez do movimento. Não digo com isto que é superior aos restantes estilos, mas julgo ter maiores méritos no que respeita aos tópicos que assinalei.

Abraço
João Andrade

JCC disse...

Bom dia! Tokitsu tem, efectivamente, vários discípulos em Portugal. Destaco o Inácio Dias, um jovem que mantém a escola do Jisei Budo, criação do mestre, para mim miscelânea de muitas artes (karaté, da cheg chuan, o seu método Hida, Tai Chi estilos Yang e Chen, Chi Kung, sei lá que mais, tudo na sua versão muito pessoal e subordinada, como ele diz, ou dizia, à lógica do combate. Há também um bom amigo, resistente, que praticamente já só treina sozinho, mas diariamente. Como eu, aliás.
O combate, como Tokitsu o encara, com protecção de capacete e viseira, luvas, toques superficiais, é um bom treino, mas visto pelos olhos do ferrenho do karaté, que continuo a ser, aparenta ser um light contact mal amanhado, privado de pontapés, excepto mae geri chudan. Recordo uma cena, num dos nossos estágios, na Cortegaça, quando um karateka brasileiro shotokan, grande e forte, que não falava francês, o enfrentou à moda do Shotokan: avanço rápido e poderoso em gyaku tsuki, projecção seguida de novo gyaku...
O Tokitsu levantou-se humilhado, retirou o capacete, disse que então retirasse o capacete, que podia pôr o homem KO ou pior... Só visto. O brasileiro, que era e é excelente pessoa, bem formado, apenas percebeu que o mestre estava humilhado e fora de si, em português pediu desculpa e disse que não sabia, que era assim que costumava fazer os combates...
Relativamente ao Shotokai e ao Aikido, eu tenho dúvidas de que a idade e o estado das articulações me permitissem praticar um ou outro. As quedas não se dão com a minha coluna, cheia de artroses e os joelhos não suportariam as posições extremamente baixas do Shotokai.
Mas enquanto o João puder continue!
Abraço.