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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Conteúdos educativos

Tenho defendido publicamente, para irritação daqueles que por idealismo ingénuo ou por razões menos nobres se obstinam em ver nas ferramentas tecnológicas o Santo Graal da educação, que essas ferramentas não resolvem, por si só, nenhum dos problemas do ensino, subalternizam o papel do professor, e o seu emprego ressente-se da inexistência de conteúdos interessantes.

Por isso me agradou o artigo "Conteúdos educativos: o parente pobre do plano tecnológico", (Rui Pacheco, da Porto Editora, in PCGUIA 155, Outubro de 2008, p. 13), de onde extraí a seguinte citação:

“Há até meritórios esforços de criação de comunidades educativas em torno de plataformas como o Moodle e outras. Não obstante, os conteúdos disponibilizados são recorrentemente elementares, pouco atractivos, raramente interactivos, muito pouco multimédia e, com lamentável assiduidade, resultam, consciente ou inconscientemente, do desrespeito da propriedade intelectual alheia, isto é, da cópia ilegal de textos e imagens”.

Em vez de fazer depender a criação de conteúdos da boa vontade e da carolice de professores nem sempre devidamente preparados para essa tarefa, e sempre com crónica falta de tempo (por mim falo), não deveria o nosso governo providenciar a aquisição de materiais e conteúdos educativos com empenho igual àquele com que adquire computadores, videoprojectores e quadros electrónicos? E não deveria tomar como suas as necessidades de manutenção e de segurança, não apenas dos equipamentos, mas sobretudo dos dados armazenados pelas escolas? Quem será responsabilizado quando algo der para o torto? Direcções que, em certos casos, talvez nem façam ideia do que seja uma rede ou um servidor?

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Regresso às aulas

Primeira aula, décimo ano, alunos desconhecidos. Depois de me apresentar sumariamente, peço a cada aluno que fale um pouco de si: nome, hobbies, hábitos de leitura, expectativas futuras… Corre tudo bem até que chego a uma menina:

-- Sou X e, sem querer ser malcriada, não vou responder porque não lhe diz respeito!

Confesso: foi preciso chegar ao trigésimo terceiro ano de trabalho na profissão para ouvir uma destas. E viva a avaliação diagnóstico, a da oralidade, com um peso de 25%, e as aulas de apresentação de noventa minutos, em que é preciso esticar o assunto já que não podemos terminar mais cedo…

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Jerusalém, de Gonçalo M. Tavares


"Gonçalo M. Tavares não tem o direito de escrever tão bem apenas aos 35 anos: dá vontade de lhe bater!", disse Saramago. Entretanto, Gonçalo Tavares publicou nos seu Livros Pretos Aprender a rezar na era da técnica, obra excelente, embora eu continue a gostar mais de Jerusalém.

domingo, 7 de setembro de 2008

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

O Miguel, dois meses

E também a avó Zé e o Afonso.

Ai Magalhães!

É bom que façam o Magalhães, do e-escolinhas, bem robusto: clientes como o Afonso teclam com vontade.