Tenho defendido publicamente, para irritação daqueles que por idealismo ingénuo ou por razões menos nobres se obstinam em ver nas ferramentas tecnológicas o Santo Graal da educação, que essas ferramentas não resolvem, por si só, nenhum dos problemas do ensino, subalternizam o papel do professor, e o seu emprego ressente-se da inexistência de conteúdos interessantes.
Por isso me agradou o artigo "Conteúdos educativos: o parente pobre do plano tecnológico", (Rui Pacheco, da Porto Editora, in PCGUIA 155, Outubro de 2008, p. 13), de onde extraí a seguinte citação:
“Há até meritórios esforços de criação de comunidades educativas em torno de plataformas como o Moodle e outras. Não obstante, os conteúdos disponibilizados são recorrentemente elementares, pouco atractivos, raramente interactivos, muito pouco multimédia e, com lamentável assiduidade, resultam, consciente ou inconscientemente, do desrespeito da propriedade intelectual alheia, isto é, da cópia ilegal de textos e imagens”.
Em vez de fazer depender a criação de conteúdos da boa vontade e da carolice de professores nem sempre devidamente preparados para essa tarefa, e sempre com crónica falta de tempo (por mim falo), não deveria o nosso governo providenciar a aquisição de materiais e conteúdos educativos com empenho igual àquele com que adquire computadores, videoprojectores e quadros electrónicos? E não deveria tomar como suas as necessidades de manutenção e de segurança, não apenas dos equipamentos, mas sobretudo dos dados armazenados pelas escolas? Quem será responsabilizado quando algo der para o torto? Direcções que, em certos casos, talvez nem façam ideia do que seja uma rede ou um servidor?
Por isso me agradou o artigo "Conteúdos educativos: o parente pobre do plano tecnológico", (Rui Pacheco, da Porto Editora, in PCGUIA 155, Outubro de 2008, p. 13), de onde extraí a seguinte citação:
“Há até meritórios esforços de criação de comunidades educativas em torno de plataformas como o Moodle e outras. Não obstante, os conteúdos disponibilizados são recorrentemente elementares, pouco atractivos, raramente interactivos, muito pouco multimédia e, com lamentável assiduidade, resultam, consciente ou inconscientemente, do desrespeito da propriedade intelectual alheia, isto é, da cópia ilegal de textos e imagens”.
Em vez de fazer depender a criação de conteúdos da boa vontade e da carolice de professores nem sempre devidamente preparados para essa tarefa, e sempre com crónica falta de tempo (por mim falo), não deveria o nosso governo providenciar a aquisição de materiais e conteúdos educativos com empenho igual àquele com que adquire computadores, videoprojectores e quadros electrónicos? E não deveria tomar como suas as necessidades de manutenção e de segurança, não apenas dos equipamentos, mas sobretudo dos dados armazenados pelas escolas? Quem será responsabilizado quando algo der para o torto? Direcções que, em certos casos, talvez nem façam ideia do que seja uma rede ou um servidor?
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