Tal como nas últimas eleições, adormeci indignamente em frente à televisão logo após a apresentação dos primeiros resultados. Que falta de respeito pelos senhores comentadores, pelas brilhantes análises, pelas declarações dos responsáveis políticos de todos os partidos escutados, todos eles vencedores - talvez algum tenha confessado que não ganhou tudo o que pretendia, até que perdeu, mas eu já dormia profundamente...
Não me surpreenderia se na próxima comunicação ao país o senhor presidente puxasse as orelhas àqueles que, como eu, trocam as responsabilidades da cidadania por uma boa soneca, e mais: serei o primeiro a dar-lhe razão, toda a razão. Não é coisa que se faça, tão grave como seria urinar sobre as fotos dos outdoors da campanha - por isso os colocam tão altos! Mas a culpa não é minha, nem poderia ser, sabido que entre nós a culpa é sempre dos outros: deve-se a um qualquer efeito hipnótico que a cintilação do ecrã tem no meu inconsciente; basta-me fitar com alguma concentração a televisão, não importa o canal, e zás - é, como se usa dizer, tiro e queda. No sono profundo.
Não me surpreenderia se na próxima comunicação ao país o senhor presidente puxasse as orelhas àqueles que, como eu, trocam as responsabilidades da cidadania por uma boa soneca, e mais: serei o primeiro a dar-lhe razão, toda a razão. Não é coisa que se faça, tão grave como seria urinar sobre as fotos dos outdoors da campanha - por isso os colocam tão altos! Mas a culpa não é minha, nem poderia ser, sabido que entre nós a culpa é sempre dos outros: deve-se a um qualquer efeito hipnótico que a cintilação do ecrã tem no meu inconsciente; basta-me fitar com alguma concentração a televisão, não importa o canal, e zás - é, como se usa dizer, tiro e queda. No sono profundo.
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