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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Na morte do "querido líder"

Este poema de Bertolt Brecht, pilhado aqui:
A propósito da notícia da doença de um poderoso estadista

Se este homem insubstituível franze o sobrolho
Dois reinos periclitam
Se este homem insubstituível morre
O mundo inteiro se aflige como a mãe sem leite para o filho
Se este homem insubstituível ressuscitasse ao oitavo dia
Não acharia em todo o império uma vaga de porteiro.

(tradução de Arnaldo Saraiva)
RECOMENDAÇÃO, motivada pelas imagens de histeria colectiva das carpideiras coreanas: a leitura de Barranco de Cegos, de Alves Redol. Se bem me lembro (li o romance há uns bons 40 anos), até lá está o velho embalsamado. Se um cego guia outro cego, ambos acabarão por cair no barranco.

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