A escritora e ilustradora Beatriz Lamas de Oliveira deixou esta nota de leitura no Facebook:
"Um amor inventado, de José Cipriano Catarino.
págª 132: " ..ocorreu à Berta, como raio que iluminasse a escuridão da noite, que o pai não era mau por causa do vinho, antes se embebedava para impunemente poder exercer a maldade".
Berta, a protagonista, é dura e inflexível como as penedias onde foi criada.
Amores, a mim, que sou a leitora deste livro, todos me parecem inventados. São desejos, ânsias, quereres que procuram uma realidade. É talvez como se a vida fosse uma pulsão, entre duas forças antagónicas. O bem e o mal. O bem todos o compreendem e aceitam. O mal quase todos o preferem ignorar e para ele buscam desculpas. Mas quem nunca enfrentou o mal, inventa, não o amor, mas a vida. E as mulheres, a quem demove o choro do homem ou as desculpas do vinho, estiolam em jardins onde nunca chove. Mas amam, por vezes, perdidamente.
Aconselho a leitura do livro!"