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domingo, 5 de junho de 2016

Na morte de Moamed Ali

Morreu Moamed Ali. (Ou lá como escrevia o nome quando deixou de ser C. Clay).  Morreu o pugilista que tirou o boxe das sarjetas e o tornou no desporto mais bem pago da actualidade. O homem do poder negro, uma das vozes importantes da emancipação negra nos EUA, o homem que não hesitou em recusar combater no Vietnam como soldado, tendo-lhe então sido roubados todos os títulos.
Mas M. Ali, com a sua coragem e grandeza de carácter, sabia que é o homem que dá valor aos títulos, não são os títulos a dar valor ao homem. E após o fim da guerra do Vietnam, voltou aos ringues, velho de 37 anos, para defrontar campeão que tinha posto KO todos os campeões que, no passado, tinham vencido Ali.
"Sou mais bonito, sou mais inteligente, vou ganhar aos pontos", fanfarronava Ali, para gáudio dos jornalistas, que acorreram depois ao combate para presenciar o massacre do velho gabarolas.
O adversário, o grande Joe Frazier, contou depois:" Bati-lhe tanto que depois do quarto assalto já não conseguia levantar os braços".
E Ali, o pugilista mais inteligente de todos tempos, com um jogo de pés inimitável, sobreviveu ao massacre, inverteu a situação, para estupefação geral venceu, não aos pontos, como tinha anunciado, mas por KO.
Não se pode ganhar sempre. Hoje, perdeu com adversário invencível. E se neste breve post há incorrecções e exageros, queiram desculpar. Afinal, trata-se de Moamed Ali, o maior de todos os tempos, talvez o último dos homens de uma espécie em extinção.

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