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domingo, 9 de março de 2008

Falinhas mansas

Quem ouve falar a minha ministra deve comover-se: tanta incompreensão contra a senhora, que só quer o bem dos professores e do país... Porque será que pela minha cabeça dura só passam pensamentos índios... Como gostava de ser diferente e deixar-me, também eu, comover com aquela fragilidade, aquele ar amargurado, que nem Cristo teve ao ser crucificado?
E os jornalistas, porque será que nenhum lhe pergunta se o modelo laboriosamente montado não terá por única função impedir a progressão na carreira para que a despesa salarial da função pública não continue a crescer? Porque é que ninguém se informa sobre a eventual inexistência de acções de formação, gratuitas ou pagas, inviabilizando a progressão na carreira, seja qual for a classificação dos professores?
Não se pense que se trata de comentários invejosos, como o da raposa que dizia das uvas estarem verdes, não: há muito que cheguei ao topo da carreira e no processo de avaliação cabe-me, neste momento e por escolha dos meus colegas, a função de avaliador. De futuro, ao que tudo indica, será o director a escolher alguém da sua confiança para avaliador.

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