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terça-feira, 19 de julho de 2011

Rua Garré, Madri e outras que tais

Irrita-me a moda -- sinal de velhice, isto de me irritar a moda -- de não pronunciar as consoantes em que terminam certas palavras, geralmente nomes próprios que têm, ou aparentam ter, origem estrangeira. Por exemplo, João Baptista da Silva Leitão, que considerou nome e apelidos impróprios para poeta e escritor (-- Já leste as Folhas Caídas? Sim, do Silva Leitão!) acrescentou-lhe Almeida Garrett. Com dois tês, para, dizia ele, lerem pelo menos um. Pois hoje basta uma reportagem sobre a rua que tem o seu nome para termos úlcera de estômago, à força de ouvir referir a Rua Garré.
Outras vezes são as notícias de Madri, o final botado fora -- mas, estranhamente, nunca ouvi Párri, mas sempre Paris... 
Eu, por mim, sem medo de que me julguem ignorante, persisto em pronunciar à portuguesa os nomes próprios estrangeiros, na linha do que defendia o nosso primeiro gramático, Fernão de Oliveira, a propósito dos estrangeirismos:  nós cá trataremos de os amansar.

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