Custódio garantiu esta manhã que Portugal vai «lutar até à morte para que este seja o ano de Portugal», quando questionado sobre o que tem faltado para que a selecção consiga ganhar um título.
Eu, afectado pelos 39 graus à sombra, lembro ao fogoso moço duas coisas:
1. Não lhes pede tanto a pátria. Apenas que se esforcem, que joguem o melhor que conseguirem. Afinal, não é num campo de futebol que se joga o destino nacional.
2. Como escreveu o Padre Vieira, "ordinariamente, quem tem muita espada, tem pouca língua". Espero, no entanto, que o Padre Vieira não tenha sido, também em matéria de futebol, profético: "O muito roncar antes da ocasião, é sinal de dormir nela."
2 comentários:
Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "Malefícios do calor":
Vieira escrevia bem, bem, bem, mas isso não quer dizer que acertasse sempre.
O que não falta por aí é gente de espada e língua longas.
E no caso em apreço os espanhóis também falaram bastante.
Nuno
Felizmente o moço está vivo. Quanto a Vieira, e admitindo excepções ( de momento, só me ocorre o grande Mohamed Ali, mas haverá muitas outras), parece indiscutível que são sobretud os mais fracos que mais roncam.
Também os espanhóis roncaram que chegasse -- é o pior do futebol, falam mais do que jogam, mas não soube de nenhum outro que prometesse lutar até à morte. Suponho que só o tal Custódio se não apercebeu do ridículo das suas afirmações. Mas depois, durante o jogo, veio algo ainda pior: os fala-barato da televisão a discutir estratégia e táctica como se estivessem a dar conselhos ao treinador. Longe vão os tempos em que se limitavam a relatar...
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