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quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Duas meninas
Imperdível
Até quanto aos cães estamos de acordo: "Por isso gosto de cães grandes e detesto caniches." Acrescento: foram os pequeninos (o último foi uma cocker) que me morderam.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Quero o meu dinheiro!
Talvez sejam reminiscências do salazarismo – não sei. O que sei é que empresas como os CTT fazem a sua própria lei e têm práticas de honestidade questionável, desprezando o cidadão cliente que lhes paga os serviços.
Veja-se o que aconteceu comigo: enviei um dos meus romances à cobrança e o destinatário pagou-o prontamente; recebi o respectivo vale de correio, mas não dei a devida atenção à data limite para levantamento (não vem a propósito, mas lido mal com o tempo e raramente sei a quantas ando). O que importa é que – e a assumo total responsabilidade por esse facto – deixei passar o prazo e cinco dias depois de terminado fui aos CTT para receber o meu dinheiro. "Não pode ser", informa a funcionária. "Para receber o vale tem de fazer um pedido… e pagar 2,5 euros."
"Não pago", respondo. "O dinheiro é meu, não vejo porque é que havia de pagar para o receber. Do valor do livro, 12,5 euros, os CTT receberam, como intermediários no negócio, 7,5 euros! Receberam tudo o que quiseram, não vejo por que é que devem receber mais, visto que, entretanto, não me prestaram mais nenhum serviço."
O diálogo de surdos prolonga-se, sempre educadamente. Então, para sair dali, coloco assim a questão: "Não me pode dar o meu dinheiro porque o prazo terminou. Os CTT não podem ficar com ele porque a tal não têm direito; então, devolva-o ao comprador do livro." Não pode ser. "Então vamos oferecê-lo a uma instituição de caridade." Também não pode ser. Para se livrar dos "trilemas" (o dinheiro ou vai para quem o pagou, ou para mim, que o deveria receber, ou para caridade) a senhora vai chamar a chefe. Tudo se repete. Insisto: no caso, os CTT funcionam como entidade bancária; será que, num momento de falta de liquidez, os meus 12,5 euros ocuparam tanto espaço que, por cinco dias, me tenham de cobrar juros de 20%? Quanto não daria ao ano?
Desnecessário seria dizer que não recebi o meu dinheiro. Vou reclamar. Telefonei para os números do Provedor do Cliente – ninguém atende. Vou escrever. Quero o meu dinheiro, não pela quantia, que, mesmo assim, dá um almoço para dois no Ribeiro, mas por duas razões: é meu e não é dos CTT.
Como é que se chama a quem se apropria do alheio?
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Avaliação de desempenho
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Não cuspas contra o vento...
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Avaliação de desempenho dos professores
Algumas questões: não seria mais adequado publicar em Diário da República legislação que permitisse abolir esses "procedimentos inúteis" e esclarecesse o "sentido" que deve ter o trabalho nas escolas? Abolir os "procedimentos inúteis" não será responsabilidade de quem os criou? Que sentido faz invocar a autonomia das escolas, sabido que é que elas podem tomar as medidas que entendam adequadas desde que sejam conformes ao estipulado pelo ME? Que tal fixar os limites dessa autonomia?
Ocorre-me, também, perguntar se em vez dos "peritos para assessoria às escolas" não seria mais barato e mais eficiente simplificar as fichas de avaliação impostas pelo ME: é nelas que reside a "burocracia", é delas que decorrem os "procedimentos inúteis "e não nos é permitido alterá-las, apesar da referida "autonomia das escolas"...
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Tanta pedra!
domingo, 19 de outubro de 2008
O sono do Miguel
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Medina Carreira
Mesmo que ele esteja errado -- e receio que não esteja -- é uma voz a escutar atentamente.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Três notas sobre a crise financeira
"Carlos não entendia de finanças: mas parecia-lhe que, desse modo, o país ia alegremente e lindamente para a bancarrota.
-- Num galopezinho muito seguro e muito a direito -- disse o Cohen, sorrindo. -- Ah, sobre isso, ninguém tem ilusões, meu caro senhor. Nem os próprios ministros da Fazenda!... A bancarrota é inevitável: é como quem faz uma soma..."
Eça de Queirós, Os Maias
(2) Há pouco, ouvi Obama dizer algo como: os americanos têm de passar a viver de acordo com as suas possibilidades, substituindo o cartão de crédito pela poupança.
Creio não errar ao presumir que lá, como cá, mais facilmente passará o camelo pelo buraco da agulha do que o cidadão prescindirá do cartão de crédito.
(3) Ontem recebi mais uma mensagem no telemóvel propondo-me uma transferência de 3500 euros para a minha conta. Os bancos têm mesmo falta de liquidez?
sábado, 11 de outubro de 2008
Shotokan revisitado
Como cantava Brel, num contexto diferente,
(...)Finalement, finalement
Il nous fallut bien du talent
Pour être vieux sans être adultes (...)
(La chanson des vieux amants)
terça-feira, 7 de outubro de 2008
O próximo romance?
"Quando sai o próximo romance?, perguntam-me frequentemente leitores e leitoras de Entre Cós e Alpedriz. Tenho dificuldade em explicar que não tem data prevista - pode, até, nem haver "próximo romance". Só posso garantir que trabalho duro, não em um, mas em dois projectos - mas trabalho não chega, nem sequer é garantia de qualidade. E sem que eu reconheça qualidade (outros poderão legitimamente discordar dos meus juízos de valor), não sai nada meu.
Falta-me tempo, mas não é a falta de tempo que me atrasa a escrita: é antes a incapacidade de escrever o que quero como quero, e depois, para piorar as coisas, aquilo que escrevo é sempre comparado, por mim e, provavelmente, por todos os leitores, com as obras de referência, antigas e contemporâneas!
É escusado alongar-me, procurando desculpas, descrevendo a tortura que é escrever, primeiro enfrentando o ecrã em branco, depois, frequentemente, apagando desconsoladamente o produto de horas e horas de trabalho, outras vezes avançando por páginas e páginas para mais tarde descobrir que se trata de um beco, de onde importa sair para recomeçar noutro local e de outra forma... E no fim há a dúvida, constante, insidiosa, sobre a qualidade do pouco que sobrevive à acção de DEL, essa tecla destruidora de textos...
Entretanto, enquanto não publico nada (Do lacrau e da sua picada não será publicado, conforme explicarei em breve, que hoje os olhos já se fecham), sugiro a leitura de excertos de Entre Cós e Alpedriz, a qual trará certamente pormenores e motivará interpretações que talvez tenham escapado da primeira vez. Ou a leitura de mestres da escrita, como Mário de Carvalho (Um deus passeando pela brisa da tarde, Contos Vagabundos, A Sala Magenta...), Gonçalo M. Tavares (Jerusalém, Aprender a rezar na era da técnica...), Saramago (Levantado do Chão, Memorial do Convento, Jangada de Pedra...). Ou de clássicos, como Homero, nas traduções de Frederico Lourenço - especialmente da Ilíada.
Boas leituras!
domingo, 5 de outubro de 2008
Necessidades de formação?
"Contactado pelo DN, o assessor de imprensa do Ministério da Educação, Rui Nunes, admitiu que a formação de professores "está a ser reorganizada", nomeadamente com novas regras para os centros de for- mação das associações de escolas que "exigem precisamente a identificação exacta das necessidades". No entanto, garantiu que além de estarem a decorrer "imensas acções de formação, nomeadamente através dos serviços ministeriais, o processo não parou. Estamos em Outubro. Até ao fim do ano vão haver muitas formações"."