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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Do ensino

Falta-me a paciência para ouvir falar e, sobretudo, para ler sobre a situação do ensino em Portugal. Mas artigos como este são a excepção, vozes que deveriam ser ouvidas, mas não o serão porque não há pior cego que aquele que não quer ver, especialmente quando é a arrogância, filha dilecta da  ignorância e da vaidade, a causa da cegueira.
"A «revolução conservadora» tinha graça há duas décadas quando valia a pena construir o edifício. Hoje, ele está deficiente. Em primeiro lugar, chamem os professores. Os professores-professores — não os técnicos em Ciências da Educação que não dão aulas há vinte anos. Chamem os professores que contactam com os alunos, que dão aulas, que passam pelos corredores e sabem do que se fala quando se fala de educação. A tentação da reforma a todo o custo cria vítima insuspeitas; para legislar sobre o «modelo de avaliação dos professores» a primeira coisa que fizeram foi afastar os professores. Não queiram fazer a reforma curricular afastando-os de novo. Basta ouvir, tomar notas, recolher histórias reais. Isto não são os cientistas da pedagogia que o podem fazer; eles não têm histórias reais para contar — aliás, lendo o que eles escrevem nas introduções aos programas escolares e nos materiais ideológicos produzidos pelo Ministério da Educação, até é legítimo supor que não falam Português." Francisco José Viegas

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