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domingo, 9 de maio de 2010

Sábado

Tarde calma, chuvosa, estrada deserta, estrada que conhecemos de olhos fechados, percurso que fazemos semanalmente há uns 36 anos. À saída de uma curva suave, a descer, o carro foge para a esquerda, rodopia como em carrossel de feira, dois, três piões, não sei bem, sobe a berma da esquerda, felizmente do lado da encosta, embate contra uma manilha e imobiliza-se. Trabalha. Não ficou atascado. Conseguimos voltar à estrada, tentamos retomar o caminho, fica o susto, felizmente só o susto.
O carro foge em todas as direcções. Um pneu estoirado. Substituo-o, sobre a lama, debaixo da chuva. Arrancamos  -- continua a fugir. E pela primeira vez na vida vi-me forçado a pedir assistência em viagem, reboque...
Provavelmente vai para a sucata. A reparação deve custar bem mais do que ele, de 97, vale. 
Coisas da vida, que pensamos só acontecerem aos outros. Mas, como dizia o meu pai, a sorte de um homem é escapar. Ileso, acrescento eu.

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