Ingrata e incompreendida tarefa, a do corrector, que como árbitro involuntário se vê entre dois campos opostos. De um lado, aqueles que vêem nele o sacana que apenas os quer prejudicar, baixando-lhes as médias apenas por pura maldade, quando lhe seria muito mais fácil fechar os olhos a erros, asneiras, ignorância crassa; do outro, a sua consciência ética e profissional, que o leva a cortar a direito, indiferente a dores e a gritos, tal e qual como o dentista que ontem me desvitalizou um dente partido e amanhã o reconstruirá.
Enfim, já só me faltam 14, na segunda-feira a reunião de aferição, depois passar a tinta as cotações, trancar espaços em branco, preencher cabeçalhos, grelhas no computador... Entrega na terça.
E é tempo de voltar ao trabalho, que os exames não se corrigem sozinhos.
4 comentários:
E a ganhar 5 euros por prova. (Este foi mesmo a provocar...). Bom fim-de-semana...
Discordo do pagamento. Corrigir exames faz parte da profissão e os de 9º ano não são pagos. Mas, tal como não exigi pagamento para os corrigir, também não exigirei o seu fim. Quanto ao valor que apontas -- tens a certeza? Todos os anos corrijo, mas nunca prestei atenção ao pagamento porque o valor é insignificante. Se fosse como dizes, daria para um bom jantar e uma pequena estroina.
OH Zé, andas na Lua? Eu disse que era uma provocação, porque tanto quanto sei, vocês, os correctores, não vão receber, nem pouco perto disso e nem todos recebem o mesmo... Só que, há uns tempos atrás, um jornal que não fixei, fazia disso título de caixa alta, logo na 1ª página, a toda a largura, algo como "Professores ganham 5 euros por prova".
Continuação de bom fim-de-semana... a corrigir provas... Se não der para um jantar, talvez dê para uns gelados, para avós e netos.
Por acaso ainda consegui o título, é do DN.
http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/dn...-/1169516-4071.html
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