Rentes de Carvalho, lapidar como sempre. Subscrevo todas as afirmações, só lamentando não as ter eu escrito. Por estas, as que ele menciona, por outras razões, cada vez me agarro mais aos clássicos. Nos últimos tempos, li ou reli A Brasileira de Prazins, Novelas do Minho, O Senhor do Paço de Ninães, O Mandarim, A Relíquia, Os Fidalgos da Casa Mourisca, O Pranto de Maria Parda, e ando a deliciar-me há uns bons tempos com o D. Quijote, em castelhano, no original. O Bolano está para aí numa das minhas estantes à espera de maré (li umas páginas, blá...), o nosso amigo Murakami dorme noutra à espera de quem tenha paciência para procurar o seu carneiro, como dorme, deitado para poupar espaço, o tão badalado As Benevolentes...
Também a poesia contemporânea me não seduz: sem ritmo, sem sentimento, opaca e densa como um buraco negro, afigura-se-me por vezes como um amontoado de tretas que relevam do puro ócio. E barroco por barroco, prefiro o original.
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