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domingo, 8 de julho de 2012

Poesia de sempre


Como este vilancete de Francisco de Sousa, que tanto me diz:

Abaix´esta serra 
verei minha terra

Ó montes erguidos,
deixai-vos cair,
deixai-vos sumir
e ser destruídos,
pois males sentidos
me dão tanta guerra
por ver minha terra.

Ribeiras do mar,
que tendes mudanças,
as minhas lembranças
deixai-as passar.
Deixai-mas tornar
dar novas da terra
que dá tanta guerra.

Cabo

O sol escurece,
a noite se vem;
meus olhos, meu bem
já não aparece.
Mais cedo anoitece
aquém desta serra
que na minha terra.

Francisco de Sousa

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