Faria melhor figura se dissesse que faço agricultura biológica, a qual escapa ao estigma da agricultura rasteira. É que a biológica tem a seu favor o ser feita por gente culta, de meio social favorecido, que exerce a actividade quase como desporto.
Mas - que hei-de fazer? - sou do contra, avesso a modas e modismos, e entendo que toda a agricultura é biológica, feita ou não com recurso a adubos químicos e pesticidas. Não usei nada no caso destas cebolas, que, coitadas, nem água viram de Novembro a Abril porque o céu a não deu. Mas noutras culturas, como a da vinha, não me venham com tretas: ou combatemos as pragas, sobretudo o míldio e o oídio, ou não teremos vinho nem vinha. E ninguém me consegue convencer de que são preferíveis os tratamentos exclusivos com os produtos químicos empregues na agricultura biológica, como a calda bordalesa (sulfato de cobre e cal) ou o enxofre, os quais têm em seu desfavor menor eficácia - nenhuma, até, no combate ao Black Rot.
Agricultura rasteira, portanto. Na foto, hoje a fazer réstias de cebolas enquanto o povo torra feliz nos areais de Portugal, indiferente a crise e a troika. Enfim, cada qual diverte-se como quer ou como pode.
Agricultura rasteira, portanto. Na foto, hoje a fazer réstias de cebolas enquanto o povo torra feliz nos areais de Portugal, indiferente a crise e a troika. Enfim, cada qual diverte-se como quer ou como pode.
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