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sábado, 28 de julho de 2012

Jogos olímpicos

Lentamente, regresso à normalidade. Na televisão, a abertura dos Jogos Olímpicos. Sobre a cerimónia, faço minhas as palavras de Eduardo Pitta e de João Gonçalves. Foi exactamente o que senti, antes de enjoar e abandonar a televisão. Hoje, ainda olhei para provas de natação. Sem a identificação espectador - atleta, o espectáculo das máquinas bem afinadas a cortar a água, mais parecidas umas com as outras do que os carros da fórmula 1, resulta monótono, desinteressante.
Azares de quem recusa o rebanho, se não maravilha com milhões gastos, luzes e fogos de artifício. De quem lamenta hipocritamente não conseguir ser quinhoeiro  de tanta alegria, de tanta emoção, de tanta felicidade ao alcance da mão.

4 comentários:

Um Jeito Manso disse...

Lamento a perda.

Mas a vida continua, apesar de tudo.

JCC disse...

Muito obrigado. Tenho pensado muito sobre vida e morte, mas, quando se perde a mãe, nenhum pensamento, nenhuma intelectualização, diminui o sofrimento. E sente-se com maior acutilância a agressão da banalidade do quotidiano...

Um Jeito Manso disse...

Temi que fosse a sua mãe. Tinha escrito que ela andava deprimida, sem interesse já na vida. E quando se perde o interesse na vida, torna-se difícil ganhar a batalha com a morte. Tenho muita pena, deve ser muito doloroso.

Mas os seus filhos e netos devem ajudar a superar a dor. A gente nova tem uma alegria que ajuda a seguir em frente.

JCC disse...

É como diz. Os netos enchem-me de alegria que muito ajuda em momentos difíceis como este da morte da minha mãe. E há também a escrita, que se alimenta da dor e da alegria, mas mais dos momentos mais negros.
Muito obrigado pela solidariedade.