O ser humano nasce com uma faculdade da linguagem que lhe permite, muito rapidamente, aprender a língua em que está imerso. A exposição a essa língua activa os princípios inatos da gramática universal, fixando, por exemplo, a ordem básica dos constituintes das frases.
E eu maravilho-me ao acompanhar a aprendizagem da língua pelos meus netos. Posso, por exemplo, afiançar que aos dois anos, idade do Miguel, a ordem básica do Português (sujeito - verbo - complemento) já está adquirida. Há pouco, ele e o Afonso, quatro anos e meio, discutiam porque nenhum queria dar ao Tiago, seis meses, um dos seus brinquedos. E o Miguel insistia, apontando para o pato que o Afonso recusava emprestar: "Não, bebé qué pá!" (Não, o bebé quer o pato!)
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