No tempo de Mário Soares, o paraíso ficava na Suécia; de há uns anos para cá, parece ter-se deslocalizado para a Finlândia, isto a fazer fé nos modelos que os nossos governantes nos tentam impor -- vejam-se, por exemplo, as recentes declarações da ministra da educação a propósito do fim dos chumbos.
Convencido que estou de que, apesar dos defeitos, Portugal é o melhor país para um português viver (eu sei, o amor cega), nunca me seduziram esses paraísos nórdicos, onde para comprar uma garrafa de vinho é preciso licença -- mas se pode ter um arsenal em casa, como os recentes massacres em liceus, feitos por miúdos finlandeses, evidenciam. Outros pormenores, ocasionalmente noticiados, aumentaram a minha desconfiança: a criação e o treino de Pit Bulls, as lutas de cães -- agora essa fantástica prova desportiva, o Mundial de Sauna, em que os "atletas" se deixam cozer a 110 graus centígrados e que só foi notícia cá porque um deles morreu. Convenhamos: querer substituir a lagosta não revela lá muito bom senso nem confirma um nível educacional superior ao nosso, apesar da vulgaridade tão criticada aos nossos "atletas" de aldeia, que se empanturram com febras grelhadas e sardinhas assadas em campeonatos bem renhidos e bem regados. Alarves? Sem dúvida. Parvos ao ponto de nos deixarmos cozer vivos? Ah, chamem os nórdicos, de alguma coisa lhes deve servir o seu ensino por cá tão invejado.
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