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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

As desgraças costumeiras e o peligo amalelo

Durante um mês, preveniram-nos: ou o orçamento é aprovado ou temos o fim do mundo. Agora que o foi, os juros chegaram aos 6,9 e ninguém pode garantir que parem por aí. Se tivesse sido chumbado, como o governo merecia (e nem me quero alongar a discorrer novamente sobre arrogância, promessas, incompetência), se o orçamento tivesse sido chumbado, estaríamos pior? Talvez. Mas seriam os credores a tremer, assustados com a possibilidade de falirmos e os deixarmos a arder. Dificilmente especulariam.
Volta-se o governo para o Império do Meio; não saberá que a China já era civilizada ainda os nossos antepassados resistiam heroicamente à civilização e que sabem mais eles a dormir (não por acaso, já lhes ouvi chamar "os judeus do oriente") do que nós acordados? Não passará pela cabeça dos governantes que os chineses só estão interessados em defender os interesses chineses? Quanto a nós, insignificantes bárbaros do Ocidente, vão-nos cozer em fogo lento, puxando pelos juros para terem os consequentes lucros especulativos, apropriar-se do que por cá houver de valor, impor-nos a sua visão estratégica (quero  agora ver o Dalai Lama em visita a Portugal), os seus produtos, e ai de nós se ousarmos refilar: não diz Manuela Ferreira Leite que quem paga é que manda?

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