Reduzem o conhecimento do Mundo, das pessoas, dos movimentos sociais à colagem de etiquetas. É de esquerda. É de direita. É fascista. É comunista. É um escritor regionalista. É literatura light. É casada. É divorciada. É uma besta. É parvo. É fumador. É do Benfica. Chega-se até a usar o rótulo -- já o ouvi -- É apaixonado.
E uma vez etiquetada a entidade, dispensa estudo aprofundado. A etiqueta revela tudo. Pelo menos o que importa saber aos etiquetadores. Por isso, quando algo de novo surge, na nossa paróquia, nessa Europa a que pertencemos mas, excepção à regra, não somos, é um afã, um frenesim, uma inquietação, até que se lhe cole a etiqueta tranquilizadora: É de extrema-direita! É de extrema-esquerda! É...!
Espantosa, omnipresente, a ditadura do verbo ser. E tão conservadora!
Sem comentários:
Enviar um comentário