Vejo com dificuldade as notícias e pior as ouço quando, como hoje, tenho comigo os meus quatro netos, pelo que posso ter percebido mal ou compreendido ao contrário o que julgo ter visto e, como já se ouve por aí, ouvisto. Despertou-me a atenção num telejornal algo sobre a sexualidade dos portugueses. Uma terapeuta ocupacional (os cursos que por aí há!) diz algo enquanto a legenda esclarece que não sei quantos por cento dos portugueses nunca usaram um brinquedo sexual. Espanto-me: ainda há assim tantos a quem não serve aquele com que nasceram? Que atrasado, eu, que nunca entrei numa dessas lojas - como é que se diz?, nem ao menos numa casa de meninas, nem comprei qualquer brinquedo sexual! Que infeliz devo ser sem qualquer fetiche pelo plástico, pelo latex, pelas revistas pornográficas, pelas encenações -- e, sobretudo, pelos discursos sábios dos terapeutas ocupacionais que parecem ter inventado o sexo e a sexualidade. Só espero que não sejam detentores dos direitos de autor, que,.constou-me, o primeiro a registar um processo ou uma ideia fica seu proprietário. E com a perseguição à pirataria que por aí vai...
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