Nunca fui europeísta. Não é de agora, quando os nossos "irmãos" alemães nos querem fritar para castigo dos nossos erros, mas de sempre. Discordei dos fundos comunitários entregues a espertalhões que prontamente os converteram em jipes, em apartamentos com vista para o rio, em roupa de marca, europeia, claro, óculos de sol a milhares de contos. E em viagens constantes, ditas de sonho, porque, tentaram-me convencer, estamos neste mundo para passar férias em locais exóticos, longe da vulgaridade nacional. E riam-se de mim, quando lhes cjtava Álvaro Pais: --- Bom Londres é Portugal!
Indignei-me com a propaganda do Clube Europeu da minha escola e, sobretudo, com um autocolante, repugnante do azul à estupidez do slogan "A minha pátria é a Europa"... E então a conversa interminável, que fui obrigado a gramar, sobre a "Europa da Regiões", que opunham à das nações, agoniava-me até ao vómito.
Se simpatias, mesmo escondidas, ainda tivesse pela integração europeia, o julgamento do Tintin no Congo por racismo, oitenta anos depois de ter sido publicado, e qualquer que seja a decisão do tribunal, dissipá-las-ia prontamente. Esta Europa, onde me querem obrigar a viver, cada vez me agrada menos. Até mesmo como vizinha. Venha de lá a Jangada de Pedra.
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