A nossa burra, já bem velhinha, herdada da minha avó, que a comprou com meses e contava comovida que então lhe providenciou linda albarda pequenina para a ensinar. Meiga, dócil, inteligente, teve dentre os seus defeitos de juventude, l'attirance d'ailleurs, que a levava durante a noite a rodar a maçaneta do portão e a evadir-se para a liberdade dos campos, em busca talvez de um amor impossível. Tanto sofreu às minhas mãos e às do meu primo, que a cavalgávamos como a cavalo e ela era apenas transporte de pobre.
Foto: Kodak Instamatic. A cavalo, a minha irmã e a minha prima. Ao fundo, a Tia Maria.
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