Estrangeiros ditam-nos a política, gerem as nossas finanças, aconselham-nos, vigiam-nos, enquanto nós mendigamos empréstimos, sofremos vexames, discutimos acaloradamente responsabilidades – como chegámos à pré-bancarrota, como deitámos a perder a independência penosamente preservada durante mais de oito séculos? De quem a culpa, onde as soluções? Não procurem neste blogue por resposta válida, não esperem de mim julgamento imparcial, sentença equitativa, punição justa. É outra a minha tarefa: plasmar em narrativas o sofrimento alheio e próprio. Qual médium, cabe-me dar voz às vozes que me habitam e anseiam por se fazer ouvir. Que cada uma delas fale por si, que conte a sua história. O mais do que isso é com os especialistas, que não nos faltam e constantemente se fazem ouvir.
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