No meio das desgraças quotidianas, mais duras as familiares do que as nacionais, mais estas do que as internacionais, embeveço-me com os meus netos: o Tiago, que começou a andar e não pára, o Miguel a falar exuberantemente, já com frases complexas bem estruturadas, o Afonso, que sem ter lido O Principezinho fez este desenho para a avó: por detrás da grade, na verdade a rede da capoeira, está um patinho. Que na vida real não existe, porque a minha capoeira não tem patos. E para que dúvidas não subsistam, ele próprio escreve o título de cada quadro. Isso mesmo. Escreve aos cinco anos, acabadinhos de fazer, não porque o ensinemos, mas porque ele quer saber e já aprendeu a escrever muitas palavras, algumas bem grandes, como elefante. E quando não sabe escrever, pergunta.
Mete o Miró a um canto.
Mete o Miró a um canto.
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